domingo, 29 de agosto de 2010

Renata Clarissa

Acho que toda menina põe nome nas suas bonecas. Comigo não podia ser diferente. Não lembro dos nomes que eu colocava, mas eles não podiam faltar.

Agora, uma pausa, puxo um pouquinho pra uma época mais próxima.

Conheci Renata. Até conhecia de vista desde antes, mas não fazia diferença. Era amiga da irmã da minha amiga. Nada combinado, nada pra dar certo. Aconteceu que as duas irmãs se mudaram pra outro estado, e, em 2006, sobrou a gente.
Ainda bem.
Encontrei a menina que entendia e ria, muito alto, das minhas besteiras. O "se dar bem" aconteceu, e dura. Graças a Deus que dura, porque não me vejo sem ela. É um pedacinho de mim, fora de mim, e que não precisa "estar em mim" pra me completar.
Em 2009, conheci Clarissa. Começo de nova fase, entrando na universidade. Todo mundo se dando bem. Mas ela era do tipo que eu não conseguia enxergar nem comparar ao meu "estilo de amiga". Pra mim, não passaria de alguém pra quem eu daria um "bom dia" pra me provar educada. Então passou o tempo, e fui convivendo. Fugi do padrão.
Ainda bem.
Encontrei a menina "vamo?-bora!" que eu precisava comigo. E o que eu pensei que não ia começar, dura. E também não me vejo sem ela. É a companhia de sempre, pra tudo.
Agora, volto às bonecas.
Com 6 anos, eu tinha uma. Várias, na verdade. Mas uma era preferida.
Sempre tem uma que você coloca mais no braço, que passa mais tempo colocando pra dormir.
Era ela.
O nome? Renata Clarissa. Composto assim. E exatamente na ordem dos fatos. Primeiro Renata, segundo Clarissa.
Não sei como, mas acredito que tudo deu certo pra a minha vida se encontrar e caminhar com a delas.
E vai durar tanto quanto o peso do nosso amor.
Com um carinho e cuidado ainda maior do que aquele que a gente dá às bonecas.



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