Numa explosão dentro de si, jogava palavras no ar, que batiam em quem as ouvia com uma agressividade nova.
- De que adianta buscar? Se nada disso dura, nem mesmo com promessas de eternidade. É inútil. Simplesmente inútil colocar tanto esforço nessa vida se nada dela se leva. Se morremos sós, de que adianta amar?
Quem o ouvia, olhando em seus olhos, falou num tom tão calmo quanto o de um suspiro:
- Não sei o que me espera depois dessa vida, mas dela vou levar todo o amor que conseguir suportar. “E pra quê?”, você me pergunta. Pelo bem que me faz, e por isso só.
A cabeça foi a mil em busca de palavras. E então, o silêncio.
domingo, 13 de junho de 2010
quarta-feira, 2 de junho de 2010
“Let it never be said
that romance is dead.” Já diz Ruby, música da Kaiser Chiefs.
Mas se ele não morreu, pra onde foi?
Falando sobre isso com alguns amigos percebi uma coisa interessante: enquanto todos os meninos se diziam românticos e que faziam tudo que as músicas rezam, todas as meninas diziam que não conheciam um romântico irremediável, como soam os cantores das músicas. Será que as cabeças são tão diferentes quanto os sexos?
Se a resposta é sim, faço outra pergunta: como os músicos acertam sempre? Como uma pessoa escreve isso: “I can say I've never bought you flowers, I can't work out what they mean” e ainda soa romântica o suficiente? São as palavras certas, acompanhadas do gesto certo, do olhar certo.
É, deve ser isso.
Não desacredito no amor. Só não enxergo demonstrações tão lindas quanto elas deveriam ser.
Mas, ainda assim, vou acreditar nos romances de músicas quando encontrar alguém com um microfone no meio da rua, iluminado por luzes de baladinha romântica, cantando uma letra tipo “You give me something”. Aí sim.
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