domingo, 13 de junho de 2010

Tão eterno quanto

Numa explosão dentro de si, jogava palavras no ar, que batiam em quem as ouvia com uma agressividade nova.
- De que adianta buscar? Se nada disso dura, nem mesmo com promessas de eternidade. É inútil. Simplesmente inútil colocar tanto esforço nessa vida se nada dela se leva. Se morremos sós, de que adianta amar?
Quem o ouvia, olhando em seus olhos, falou num tom tão calmo quanto o de um suspiro:
- Não sei o que me espera depois dessa vida, mas dela vou levar todo o amor que conseguir suportar. “E pra quê?”, você me pergunta. Pelo bem que me faz, e por isso só.
A cabeça foi a mil em busca de palavras. E então, o silêncio.

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